quinta-feira, 8 de outubro de 2009

08 de Outubro - Homenagem a Che Guevara


CHE GUEVARA,
HASTA LA VITORIA SIEMPRE


Há quarenta e dois anos, num dia 08 de outubro, tombava em La Higuera, nas selvas bolivianas, o revolucionário Ernesto Che Guevara assassinado pelo exército boliviano em colaboração com a CIA (Agência Central de Inteligência Americana).

Che, hoje, é lembrado em todo o mundo pelo exemplo de despreendimento, idealismo e determinação em sua luta por justiça social e liberdade e na construção do “homem novo”. Che foi “uma flor arrancada prematuramente do caule”. Quatro décadas depois de seu covarde assassinato, a sua vida, as suas idéias e, sobretudo, a ação revolucionária são lembradas no mundo inteiro por todos aqueles que continuam a se indignar contra as desigualdades sociais e contra as opressões de todos os tipos.

De Ernesto a Che

Ernesto Guevara nasceu em 14 de junho de 1928 em Rosário, na Argentina. Filho de uma família de classe média. Como outros de sua geração teria uma promissora carreira pela frente, como futuro médico formado pela Universidade de Buenos Aires. Porém, uma experiência o marcaria por toda a vida.

Jovem, com 23 anos, se aventurou a conhecer nosso continente com o amigo Alberto Granado. Em 1952, partiu de Buenos Aires e cruzou a América do Sul, da Patagônia à Venezuela. Depois da travessia os viajantes jamais foram os mesmos.

A aventura se transformou no contato com a América mestiça, com os índios, com os pobres do continente, com a dura realidade de exploração e pobreza a que estão submetidos milhões de irmãos latino-americanos. . Ernesto nunca mais foi o mesmo. A descoberta da América Latina, no lombo de uma motocicleta, o transformou naquele que futuramente viria a ser o “Che”. Foi esse homem, produto do seu tempo, que fez de sua vida uma obra dedicada aos oprimidos, que como militante socialista foi um dos heróis da revolução cubana.

O humanismo revolucionário exemplar

Por que o Che, 42 anos depois da morte, desperta simpatia, admiração e exemplo em todo o mundo? Por que sua imagem insolente continua viva, como a desafiar ainda aquela ordem que um dia ousou derrotar?
Sua trajetória de revolucionário latino-americano que continua a despertar o interesse de milhões de homens e mulheres, sobretudo, entre a juventude.

A imagem do Che está presente em camisetas, bonés, bandeiras, em tatuagens nos braços e no corpo dos jovens, num dos maiores fenômenos políticos de que se tem notícia. Mas, isso não é o principal. Apesar de se tornar uma “marca conhecida” em todo o mundo, Che não tem nada a vender. Seu único “produto” são seus valores, suas idéias, seu exemplo.

Ainda hoje é isso que desperta o sonho e a rebeldia de milhares de jovens mundo afora e o que mais temem os poderosos de todas as latitudes. Em seu olhar cintila a transformação, a fraternidade, a luta e a revolução, que continua significando transformação.

Che foi o homem que viveu intensamente suas idéias, sem o medo de pagar o preço necessário pelos riscos desencadeados. O filósofo francês Jean Paul Sartre disse que “Che viveu como o homem mais completo do século XX”. Che Guevara não foi somente o militante que não se intimidou em sublinhar: "deixe-me dizer, com o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é movido por grandes sentimentos de amor".

Seu humanismo libertário e revolucionário não deixavam dúvidas. E foi esse seu principal legado, escrito como mensagem em carta a seus filhos e às futuras gerações: “a mais bela qualidade de um revolucionário é sentir profundamente qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.”

É por isso que Che continua alimentando a chama transformadora de “Nuestra América”, assim como Marti, Bolívar, Sandino, Zapata, Zumbi e tantos outros mártires que entregaram suas vidas pelo ideal da Pátria Grande.

Fonte: www.ivanvalente.com.br

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